Diário de Pernambuco, Pernambuco.com, TV Clube, Rádio Clube e Parque Gráfico, um rico passeio pelo universo da comunicação para desvendar o processo de difusão das informações e conhecer um pouco da história de uma das maiores redes de empresas do país, o Grupo Associados. O monitoramento ficou por conta da Érica Lívia Silva, funcionária do grupo responsável também pelo projeto Leitor do Futuro, que começou a visita pela redação do impresso.
O diário é composto por vários cadernos – Economia, Viver, Vida Urbana, Empregos, entre outros – sendo mais extenso o “Vida Urbana” coordenado por Rose Mari que é pauteira e seleciona as melhores notícias que darão origem às matérias do jornal. Todos os dias são rodados complementos diferentes. Na segunda, segue o Fanzine – com o resumo do que aconteceu no final de semana, o Guia de Profissões – com vagas de estágio e dicas de emprego, e o Pernambuco E-História – que conta a história de Pernambuco. Na terça, é a vez do guia de Viagem. Na quarta, com participação da equipe do Pernambuco.Com, sai o caderno de Informática. Na quinta, roda-se o de título Carros.
Na sexta, é veiculado o resumo para o final de semana. No sábado, publica-se o Diarinho para o público infantil. Para fechar a semana, no domingo, com todas as informações da semana sobre novelas e programação, sai o Caderno de Domingo. Junto à equipe de editoria trabalham os fotógrafos. Estes atuam em escala de acordo com as pautas demandadas, traçam seus roteiros e saem em busca dos pedidos da redação.
Segundo a Érica Lívia, o horário de trabalho mais intenso vai das 12h às 19h, período este onde todas as equipes se reúnem em busca de pautas para elaborarem as matérias e fecharem os respectivos cadernos. A capa do jornal fica pronta pouco antes do mesmo começar a ser rodado. Há uma reunião entre os editores de cada caderno para discussão das notícias e fotos que encabeçarão o jornal. Fechada a capa, ela é enviada pela rede de computadores para o parque gráfico, finalizando a rotina de composição do Diário de Pernambuco.
A TV Clube, filiada da rede Bandeirantes em Recife, apesar de ser a mais recente empresa do grupo, tem uma estrutura bastante interessante e diferente dos outros veículos, pois, é a única emissora televisiva em Pernambuco a trabalhar com sinal digital, abrangendo a Band Sports e Band News.
Estruturalmente, a TV conta com um estúdio e um auditório que foram reformados há aproximadamente três anos, a central de exibição de faixas comerciais chamada também de master, o switch para onde são enviados o áudio e imagem dos estúdios a fim de serem exibidos ou gravados, quatro ilhas de edição de imagem, o cedoc que guarda os arquivos de imagem da empresa, o opec que monitora os comerciais de patrocínio que irão para a faixa, entre outros setores.
Nomes como Roberto Nascimento, Luciano do Valle, Gardênia Cavalcanti, Ana Góes, Jorge Moraes, Artur Tigre, Silvana Batalha e uma equipe de jornalismo centrada representada por Beto Calmon, Nádia Alencar, Eduardo Bandeira e Júlio Andrade, fazem parte desta família levando as melhores notícias para a população pernambucana.
Também chamada de “canhão do nordeste”, por ser a primeira a atingir todo o nordeste e estados de outras regiões com seu sistema, a Rádio Clube AM existe no estado há mais de oito décadas e é considerada a mais antiga. Já a Clube FM, que levava o nome de Caetés FM, tem quase três décadas e, especificamente, faz alusão ao público jovem.
Os programas são produzidos distintamente pela AM e FM. Geralmente eles contam com a presença de um locutor e da telefonista que anota todos os pedidos musicais e participações nas possíveis promoções. Dependendo da produção e do estilo, a quantidade de pessoas no estúdio, sejam locutores ou entrevistados, pode variar. A rotina do ao vivo começa por volta das quatro e meia da manhã. Nas madrugadas, normalmente os programas são gravados e nos finais de semana alguns seguem a mesma linhagem. Cada rádio possui o seu estúdio e produção que são monitorados pelo chefe de programação, mas em seus respectivos segmentos, as duas são campeãs de simpatia e audiência.
O destino seguinte foi o parque gráfico, onde são rodados aproximadamente 70 mil exemplares por hora, e que recentemente recebeu reforma e maquinário o qual demorou um ano e meio para ser montado. As edições são divididas por áreas e o primeiro lote impresso segue para o interior do estado, especificamente Petrolina. Daqui também são feitos o Diário da Borborema, O Norte, e a Gazeta do Rio de Janeiro, que são distribuídos para os assinantes do estado.
O papel utilizado vem do Canadá, pois, a Bahia também produz papel, mas ainda não supre a necessidade nem a qualidade da produção. Todo o material usado no processo é reciclado. Até mesmo as edições não vendidas são recolhidas e levadas para o depósito do diário, que fica no bairro de Casa Amarela, para daí serem feitos blocos de papel rascunho. Também é realizado o mesmo processo com as chapas de metal que dão origem ao jornal. Além do maquinário, o parque gráfico conta com quadros que mostram a réplica do primeiro jornal veiculado no estado, a primeira prensa onde ele foi feito – que está em exposição no Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambuco, e outras curiosidades.
Ao término de nossa visita, Érica explicou que o Diário de Pernambuco é o jornal mais antigo do mundo em língua portuguesa. Com seus recém completados 182 anos, o Diário tem como superintendente o Dr. Joezil Barros que faz parte do Grupo Associado há mais de 50 anos e representa a rede no nordeste.
Com muita força, Pernambuco mantém este império fundado pelo paraibano Assis Chateubriand, difundindo informação e entretenimento de qualidade para o estado, carregando o título de maior cadeia de imprensa do país pelo Grupo Associados.
Fonte: Visita Técnica ao Grupo Associados.