Arquivos para o mês de: novembro, 2007

Diário de Pernambuco, Pernambuco.com, TV Clube, Rádio Clube e Parque Gráfico, um rico passeio pelo universo da comunicação para desvendar o processo de difusão das informações e conhecer um pouco da história de uma das maiores redes de empresas do país, o Grupo Associados. O monitoramento ficou por conta da Érica Lívia Silva, funcionária do grupo responsável também pelo projeto Leitor do Futuro, que começou a visita pela redação do impresso.

O diário é composto por vários cadernos – Economia, Viver, Vida Urbana, Empregos, entre outros – sendo mais extenso o “Vida Urbana” coordenado por Rose Mari que é pauteira e seleciona as melhores notícias que darão origem às matérias do jornal. Todos os dias são rodados complementos diferentes. Na segunda, segue o Fanzine – com o resumo do que aconteceu no final de semana, o Guia de Profissões – com vagas de estágio e dicas de emprego, e o Pernambuco E-História – que conta a história de Pernambuco. Na terça, é a vez do guia de Viagem. Na quarta, com participação da equipe do Pernambuco.Com, sai o caderno de Informática. Na quinta, roda-se o de título Carros.

Na sexta, é veiculado o resumo para o final de semana. No sábado, publica-se o Diarinho para o público infantil. Para fechar a semana, no domingo, com todas as informações da semana sobre novelas e programação, sai o Caderno de Domingo. Junto à equipe de editoria trabalham os fotógrafos. Estes atuam em escala de acordo com as pautas demandadas, traçam seus roteiros e saem em busca dos pedidos da redação.

Segundo a Érica Lívia, o horário de trabalho mais intenso vai das 12h às 19h, período este onde todas as equipes se reúnem em busca de pautas para elaborarem as matérias e fecharem os respectivos cadernos. A capa do jornal fica pronta pouco antes do mesmo começar a ser rodado. Há uma reunião entre os editores de cada caderno para discussão das notícias e fotos que encabeçarão o jornal. Fechada a capa, ela é enviada pela rede de computadores para o parque gráfico, finalizando a rotina de composição do Diário de Pernambuco.

A TV Clube, filiada da rede Bandeirantes em Recife, apesar de ser a mais recente empresa do grupo, tem uma estrutura bastante interessante e diferente dos outros veículos, pois, é a única emissora televisiva em Pernambuco a trabalhar com sinal digital, abrangendo a Band Sports e Band News.

Estruturalmente, a TV conta com um estúdio e um auditório que foram reformados há aproximadamente três anos, a central de exibição de faixas comerciais chamada também de master, o switch para onde são enviados o áudio e imagem dos estúdios a fim de serem exibidos ou gravados, quatro ilhas de edição de imagem, o cedoc que guarda os arquivos de imagem da empresa, o opec que monitora os comerciais de patrocínio que irão para a faixa, entre outros setores.

Nomes como Roberto Nascimento, Luciano do Valle, Gardênia Cavalcanti, Ana Góes, Jorge Moraes, Artur Tigre, Silvana Batalha e uma equipe de jornalismo centrada representada por Beto Calmon, Nádia Alencar, Eduardo Bandeira e Júlio Andrade, fazem parte desta família levando as melhores notícias para a população pernambucana.

Também chamada de “canhão do nordeste”, por ser a primeira a atingir todo o nordeste e estados de outras regiões com seu sistema, a Rádio Clube AM existe no estado há mais de oito décadas e é considerada a mais antiga. Já a Clube FM, que levava o nome de Caetés FM, tem quase três décadas e, especificamente, faz alusão ao público jovem.

Os programas são produzidos distintamente pela AM e FM. Geralmente eles contam com a presença de um locutor e da telefonista que anota todos os pedidos musicais e participações nas possíveis promoções. Dependendo da produção e do estilo, a quantidade de pessoas no estúdio, sejam locutores ou entrevistados, pode variar. A rotina do ao vivo começa por volta das quatro e meia da manhã. Nas madrugadas, normalmente os programas são gravados e nos finais de semana alguns seguem a mesma linhagem. Cada rádio possui o seu estúdio e produção que são monitorados pelo chefe de programação, mas em seus respectivos segmentos, as duas são campeãs de simpatia e audiência.

O destino seguinte foi o parque gráfico, onde são rodados aproximadamente 70 mil exemplares por hora, e que recentemente recebeu reforma e maquinário o qual demorou um ano e meio para ser montado. As edições são divididas por áreas e o primeiro lote impresso segue para o interior do estado, especificamente Petrolina. Daqui também são feitos o Diário da Borborema, O Norte, e a Gazeta do Rio de Janeiro, que são distribuídos para os assinantes do estado.

O papel utilizado vem do Canadá, pois, a Bahia também produz papel, mas ainda não supre a necessidade nem a qualidade da produção. Todo o material usado no processo é reciclado. Até mesmo as edições não vendidas são recolhidas e levadas para o depósito do diário, que fica no bairro de Casa Amarela, para daí serem feitos blocos de papel rascunho. Também é realizado o mesmo processo com as chapas de metal que dão origem ao jornal. Além do maquinário, o parque gráfico conta com quadros que mostram a réplica do primeiro jornal veiculado no estado, a primeira prensa onde ele foi feito – que está em exposição no Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambuco, e outras curiosidades.

Ao término de nossa visita, Érica explicou que o Diário de Pernambuco é o jornal mais antigo do mundo em língua portuguesa. Com seus recém completados 182 anos, o Diário tem como superintendente o Dr. Joezil Barros que faz parte do Grupo Associado há mais de 50 anos e representa a rede no nordeste.

Com muita força, Pernambuco mantém este império fundado pelo paraibano Assis Chateubriand, difundindo informação e entretenimento de qualidade para o estado, carregando o título de maior cadeia de imprensa do país pelo Grupo Associados.

Fonte: Visita Técnica ao Grupo Associados.

A Escola Superior de Marketing abrirá suas portas para receber, nesta sexta-feira dia 23 a partir das 19 horas, a exposição fotográfica “Diversidade Religiosa – As várias faces da Fé”.

O evento faz parte de um projeto desenvolvido pelos alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda para a disciplina de História da Arte Aplicada à Fotografia e tem como objetivo esclarecer a população sobre as várias religiões existentes, agregar as semelhanças entre os cultos a fim de diminuir o preconceito, e abordar a fé como fator de melhoramento do ser humano através das técnicas e estéticas fotográficas.

São mais de 100 fotos que misturam o Catolicismo, Candomblé, Espiritismo, Vodoo, Budismo, Islamismo, Hare Krishna, entre outros. Com a mostra, haverá exibição de vídeo e palestras sobre algumas das religiões fotografadas, que serão ministradas pelos representantes de cada entidade visitada ao longo do trabalho.

Além da exposição, a ESM fará divulgação do novo site e apresentará a banda formada por alunos da faculdade que saudará os presentes e encerrará a noite.

Serviço

Exposição fotográfica “Diversidade Religiosa – As várias faces da fé”
Data: 23.11.2007 – 19h00
Local: Escola Superior de Marketing
Rua Benfica, 126, Madalena
Contato: pb2007.2@gmail.com

O Brasil é um dos países que mais possui influência de outras nações na formação da sua cultura. A religião, por exemplo, diversifica-se pela presença de várias crenças: catolicismo, budismo, hinduísmo, evangelismo, espiritismo, entre outras.

Essa miscigenação deve-se ao processo de imigração que vem desde a época do descobrimento e mantém-se até hoje. Como símbolo dessa mudança temos os africanos, que foram trazidos nos navios portugueses para trabalharem como escravos, junto aos índios, na extração do pau-brasil e outras especiarias.

A população africana ancorou seus costumes no país, com ênfase na sua religião. Mas por causa do preconceito latente dos portugueses com relação a outros ritos – que não os católicos, eles tiveram que dar uma nova roupagem às entidades presentes que ganharam correspondentes do catolicismo a fim de poderem ser cultuadas e dessa forma levar a crença por séculos.

Os africanos também tinham ligação com o espiritismo, acreditavam que seres de um mundo invisível pudessem se comunicar através de algumas pessoas que possuíam graus elevados dentro da religião. Eles utilizavam roupas para reverenciar, comida como oferenda, música e dança como saudação a fim de expressar a fé de cada um.

O legado deixado por eles é muito vasto e podem ser destacados alguns pontos que contribuem para cultura brasileira. No vestuário: saias rodadas, panos vistosos, braceletes e argolões. Na música: agogô, agbê, berimbau, cuíca, atabaques, jongo, barrica, tambores. Na dança: axé, afoxé, maracatu, samba. Na gastronomia: azeite de dendê, caruru, vatapá, acarajé.

Hoje, o maior de todos os aprendizados que foram passados do africano para a população do Brasil é a capacidade de não guardar ódio nem rancor das pessoas que o fizeram mal e difundir a caridade com o objetivo de construir o sentimento do amor, contornarem as situações e valorizarem o lado bom de cada história. Quem sabe o jeitinho brasileiro não nasceu destes fundamentos?

“Devemos ser gratos ao africano, que foi capaz de conviver com seu escravizador sem guardar o ódio no coração, estabelecendo com ele relações amistosas. Com ele, aprendemos a resignação e a convivência em regime fraterno. Explorado, soube compreender, perdoar e até amar o conquistador, ajudando-nos a que sejamos essa mistura de raças, marcada pela vocação para a fusão, para a mistura, que nos torna efetivamente diferentes, capacitando-nos a que sejamos o coração do mundo” (Evaldo Campos – Palestra: A Influência Africana na Formação Religiosa no Brasil).

Referências
http://www.espirito.org.br/portal/palestras/irc-espiritismo/palestras-virtuais/pv051100.html
http://morchericardo.blogspot.com/2007/10/estudo-da-histria-de-religies-africanas.html